domingo, 17 de junho de 2012

"Quisera encontrar aquele verso menino
que escrevi há tantos anos atrás.
Falo assim sem saudade,
falo assim por saber
Se muito vale o já feito,
Mais vale o que será.
Mais vale o que será!
E o que foi feito é preciso
conhecer para melhor prosseguir
Falo assim sem tristeza,
falo por acreditar.
Que é cobrando o que fomos
Que nós iremos crescer"


Acontece que, sempre que olho o passado, ele se apresenta em confusão de momentos sobrepostos. Fatio lascas para melhor perceber uma alegria, que se mistura com barulhos e recortes indistintos. Sempre falta alguma coisa.


Meu coração, que não anda em vazios, costura memória inventada nos espaços vagos: lembranças tomam corpo. E já não sei se  meu passado existiu, ou se é um artefato organizado pelo meu desejo de futuro para me proporcionar um  presente que valha.

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